Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Cidade

Comarca de Corumbá mobiliza população local para apadrinhamento de crianças no Natal

Atualmente, a comarca de Corumbá conta com 55 crianças e adolescentes em acolhimento institucional.

O fim de ano se aproxima e, com ele, a expectativa de férias para muitas crianças e adolescentes. Porém, para aqueles que estão em instituições de acolhimento, as festividades nem sempre são momentos de alegria e aconchego. Pensando nisso, a comarca de Corumbá criou a campanha “Padrinho de Natal: semeando sorrisos”, que busca mobilizar a comunidade local para se engajar com o Projeto Padrinho e proporcionar um fim de ano mais feliz a dezenas de crianças e adolescentes da região.
O apadrinhamento é uma forma de apoio emocional e social para crianças e adolescentes que estão em situação de acolhimento institucional. O objetivo é oferecer atenção, carinho, cuidado e uma convivência familiar para esses jovens. Os padrinhos são, portanto, pessoas dispostas a se dedicar de maneira voluntária ao bem-estar desses adolescentes, proporcionando momentos de lazer, convivência familiar e experiências que muitas vezes estão fora do alcance dessas crianças e adolescentes.
Atualmente, a comarca de Corumbá conta com 55 crianças e adolescentes em acolhimento institucional. Para o diretor do Foro da comarca, juiz Mauricio Cleber Miglioranzi Santos, diante do expressivo número de crianças em acolhimento e da quantidade reduzida de candidatos habilitados ao apadrinhamento ou à adoção, a mobilização da população é fundamental para que dezenas de jovens possam ter um fim de ano mais feliz.
“O apadrinhamento é uma ferramenta fundamental para contribuir com o desenvolvimento dos pequenos corumbaenses e ladarenses que estão em acolhimento. Ele proporciona o exercício da convivência familiar e afetiva, transmite ensinamentos e, no mais das vezes, os maiores beneficiados são os próprios padrinhos. Especialmente neste final de ano, a mobilização da comunidade local é essencial para que possamos proporcionar um Natal mais alegre, exercendo a humanidade e o princípio do amor ao próximo”, destacou o magistrado.
Os padrinhos afetivos podem se envolver de diversas maneiras. Além de momentos de lazer, como passeios em parques, visitas a pontos turísticos da cidade e programas culturais, o apadrinhamento pode proporcionar ao acolhido uma vivência de Natal e Ano Novo com a presença de uma família que se importe com seu bem-estar. Esses momentos são fundamentais para a formação de memórias afetivas que ajudam no desenvolvimento emocional e psicológico dos jovens, além de fortalecer a sensação de pertencimento.
A desembargadora Elizabete Anache, coordenadora da Infância e da Juventude do TJMS, enalteceu a inciativa do magistrado Maurício e lembrou que “crianças e adolescentes acolhidos sempre esperam por um padrinho ou uma madrinha e, muitas vezes, para coisas muito simples. O apadrinhamento cria laços de afeto que substituem o sentimento de desamparo e abandono por uma sensação de verdadeiro pertencimento. É uma experiência enriquecedora tanto para o padrinho ou madrinha como para a criança ou adolescente”.
Propostas – O apadrinhamento pode se manifestar de diversas formas. O apadrinhamento afetivo não exige grandes gestos ou recursos materiais: o que mais importa é o tempo dedicado, a vontade de acolher e o desejo de transformar a vida de uma criança ou adolescente. Ele tem um impacto significativo na vida dos apadrinhados, pois a experiência de sentir-se parte de uma família, mesmo que temporariamente, pode ser um marco importante em seu desenvolvimento emocional e social.
Além disso, há outras formas de apadrinhamento, como o financeiro, o doador de material e o prestador de serviço. O apadrinhamento financeiro consiste em contribuições mensais que garantem recursos para necessidades básicas, como alimentação, educação e saúde. Neste fim de ano, esta modalidade também é muito importante ao possibilitar a compra de presentes de Natal para as crianças e adolescentes acolhidos.
Já o doador de materiais envolve a entrega de itens essenciais, como roupas, material escolar e brinquedos, enquanto o prestador de serviços oferece apoio por meio de habilidades específicas, como aulas de reforço, orientação profissional ou serviços médicos.
O processo envolve a realização de um cadastro e uma análise cuidadosa, garantindo que o apadrinhamento seja realizado de maneira segura e adequada. Além disso, é importante que o padrinho tenha disponibilidade para se dedicar à criança ou adolescente, respeitando suas necessidades e limites. Após a aprovação, o padrinho é vinculado a uma criança ou adolescente de acordo com as afinidades e necessidades do jovem, para que o vínculo seja o mais natural e afetivo possível.
Como participar – Interessados em ser padrinho e madrinha devem procurar a 1ª Vara da comarca de Corumbá para manifestar interesse. Mais informações e esclarecimentos podem ser solicitados pelo Whatsapp (67) 99991-0338 ou pelo .
Qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade, independente de classe social, profissão, religião, sexo ou preferência política pode se voluntariar. Entidades, empresas, escolas, cursos profissionalizantes e técnicos também são bem-vindos para se unir ao projeto, que atua em todas as regiões do MS. Saiba mais sobre o Projeto Padrinho em MS no .
Saiba mais – Criado em 2000, o Projeto Padrinho é uma ação idealizada pela Vara da Infância de Campo Grande e hoje está sob a tutela da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do TJMS. Para a proteção integral de crianças e adolescentes que tiveram seus direitos fundamentais ameaçados ou violados, a autoridade judiciária da Vara da Infância e da Adolescência, quando não encontra uma alternativa na família extensa, aplica a medida de proteção de acolhimento familiar ou institucional.

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