POR GAZA, PELA PALESTINA, PELA HUMANIDADE!
| Ahmad Schabib Hany
Dia 15 de junho, em todo o Planeta, expressivos setores da sociedade civil se mobilizam contra o genocídio, o uso da fome como arma de guerra e a impunidade do governo nazissionista de Israel. É a Marcha Global para Gaza, cuja permanência no Egito e ingresso à Faixa de Gaza foi impedido pelas autoridades egípcias, ex-baluarte do pan-arabismo de Gamal Abdel Nasser.
Mesmo impedida de chegar até o destino, a Marcha Global para Gaza, com mais de dez mil pessoas de vários países unidas pela atitude humanitária e solidária à população de Gaza e, por extensão, da Palestina (que inclui a Cisjordânia e Jerusalém), repercute em todos os quadrantes do Planeta. Na contramão desse nobre gesto humanitário, um grupo de pró-sionistas de Mato Grosso do Sul, que inclui uma descendente de libanês que, a bem da verdade, me envergonha, se encontra debaixo do solo, em bunkers construídos pelos sionistas no território usurpado com a conivência das potências mundiais da Palestina milenar.
No mundo inteiro, inclusive em Mato Grosso do Sul, a sociedade civil manifesta, neste domingo, 15 de junho, solidariedade incondicional à população palestina, em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém, alvo de acintosa violência, desmedida e genocida. Não há algum exagero afirmar que, sobretudo contra a população de Gaza, tem sido realizada uma ação de limpeza étnica, de terrorismo de Estado, comparável à praticada pelo III Reich na Alemanha e países então sob seu jugo. Usar a fome como arma de guerra é crime de genocídio, como adverte a ONU de 1948, em sua convenção contra genocídio e limpeza étnica.
O que vem ocorrendo desde o dia 8 de outubro de 2023 (um dia após a contraofensiva dos combatentes palestinos em 7 de outubro) não é uma guerra, é um massacre, genocídio, sob a omissão cúmplice de todas as potências mundiais, como EUA, União Europeia e Reino Unido. Trump nunca escondeu sua sanha por se apossar de Gaza para transformar seu território em área de entretenimento e turismo para uma casta superior. Von der Leyen, da UE, por seu turno, teve a insolência de defender no parlamento europeu o sionismo, recorrendo a uma leitura do Talmud para justificar a insanidade do establishment israelense.
Coincidência? Não, porque o capitalismo sempre que está em crise recorre ao caos do fascismo e das guerras, como tantas vezes já ocorreu. Não esqueçamos que a rendição e condenação da maioria dos nazistas e aliados no Tribunal de Nuremberg foi por causa da vitória militar soviética em Berlim em 1945, cujos "dissidentes" foram contratados, sobretudo, pelos EUA, como Werner Von Braun e Henry Kissinger, de triste memória. Não dá para dissociar os "relevantes" serviços prestados ao Pentágono, à CIA e Casa Branca, durante a "guerra fria", pelos criminosos nazistas acobertados pelos EUA que colaboraram em ditaduras de Alfredo Stroessner, Paraguai; Emílio Garrastazu Médici, Brasil; Hugo Banzer, Bolívia; Augusto Pinochet, Chile, e Jorge Rafael Videla, Argentina.
Tanto Benjamin Netanyahu, besta-fera de Israel, como Donald Trump e Ursula von der Leyen, seus iguais dos Estados Unidos e União Europeia, representam um perigo para toda a humanidade, não só para os povos do Oriente Médio, do Golfo, da América Latina, África ou Ásia. Analistas militares vêm alertando há bastante tempo para o risco que eles representam para o frágil "equilíbrio" do chamado "concerto das nações" -- a ONU não tem mais força e muito menos o mínimo de reconhecimento como espaço de dissuasão multilateral, agravando ainda mais a vulnerabilidade desta quadra da história.
Quem tiver acesso à mídia alternativa nacional, como VIOMUNDO, Jornal GGN, Opera Mundi, Diário do Centro do Mundo (DCM), Brasil 247, CartaCapital, Revista Fórum, Carta Maior, Tutaméia, Geopolítica na Veia (do Amigo Lejeune), Arte da Guerra (do Comandante Farinazzo), Pepe Café (Geopolítica com Pepe Escobar), Canal Resistentes, A Voz Trabalhadora, Observatório da Imprensa, TVT, ICL, Intercept Brasil, A Pública e Conversa Afiada, entre outras não menos dignas, tem oportunidade de ler / assistir a importantes análises que jornalões não fazem, ou pior, desinformam e não analisam com fidedignidade. Porque o Jornalismo de verdade não se subordina ao mercado, simples assim.
Ainda que a mídia corporativa tente inutilmente "naturalizar", "normalizar" tais "líderes" mundiais, não dá para não dizer que são nazifascistas, declaradamente nazissionistas. Com o poder nas mãos, ameaçam a tudo e a todos colocando nas ruas das chamadas "democracias ocidentais" policiais militares adestrados pelo ente sionista governado por Netanyahu, como fazem com a população civil de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém. A grande maioria dos jornalistas e formadores de opinião se curva e não ousa desagradá-los, por medo ou por subserviência.
O pior é que a imprensa embolorada que se autoproclama bastião da liberdade, democracia e valores civilizacionais é a mesma que acintosamente despreza, cobre com desdém e sem dissimulo iniciativas humanitárias e solidárias como a referida Marcha Global para Gaza e a Flotilha da Liberdade. Esta teve seus integrantes, entre eles o Jornalista Thiago Ávila, sequestrados, submetidos a tortura e jogados às masmorras, como habitualmente fazem com os palestinos que resistem à opressão e à sanha sionista, de maldita gênese.
CORUMBÁ E LADÁRIO EM VIGÍLIA
Um conjunto de fatores involuntários e lamentáveis contribuiu para que tanto Corumbá como Ladário não participassem da mobilização mundial do dia 15 de junho, como fez com singular pioneirismo e constância ao longo de mais de quatro décadas. Além de questões inerentes aos movimentos populares locais, bastante demandados nos últimos dias em diversas frentes, questões de saúde com diversos ativistas da vanguarda local acrescentaram os desfalques para um necessário ato ante sionistas e pró-sionistas que se jactam com a tragédia que seus líderes impõem ao povo palestino, sobretudo à sua infância e juventude.
Em Corumbá e Ladário, membros da comunidade palestina e setores solidários ao de Gaza estão em vigília e com ações pontuais para demarcar sua posição de modo efetivo em favor das vítimas do horror protagonizado pelo verdadeiro inimigo da humanidade. Esse inimigo atroz e infame pode receber o nome que for, mas ele tem uma mesma origem: o nazifascismo, câncer que não foi devida e eficientemente extirpado no pós-guerra de 1945, e hoje vem revigorado pelas potências capitalistas para promover novas guerras e assim angariar dinheiro e poder manchado de sangue de inocentes da Palestina e de outros lugares de um planeta ameaçado por ínfima parcela de seres que se consideram superiores ao resto da humanidade.
Porque o petróleo manchado pela tragédia palestina é o mesmo do diamante e do ouro de sangue da África, do lítio e do urânio latino-americano, das riquezas cobiçadas da Amazônia, Pantanal, Aquífero Guarani, Cerrado, Caatinga, Chaco, Pampas e Patagônia -- esta já ocupada 'pacificamente' (a preços aviltantes) por ex-soldados sionistas depois da posse do tresloucado Miley, fantoche do império em decadência que está promovendo o caos e a miséria nas cobiçadas terras do Prata latino-americano. Pobre humanidade, tão longe de Deus e tão perto dos falsos messias...