“PORTO-FÓLIO”
| Benedito C.G. Lima
O Rufur Das Asas
No meio da Frase
Insinha-se com sofreguidão
No meio da Frase
Abrindo um parênteses
Para que o poeta descreva
Com enlevo o drama
Que ocupa o andar térreo
Da realidade!
O Voo Célebre
Risca o azul da amplidão
Descortinada e o olho estático
Do arranha céu espia o vácuo
E das janelas, opacas silhuetas
Pintam desenhado sombras
E se esgueiram no luar
E o poeta continua solfejando
A melodia do prazer e do amor!