DO OIAPOQUE AO CHUÍ O BRASILEIRO DESCOBRIU QUE A TROCA NÃO É SÓ DE OLHARES
Num país que há décadas troca o "jeitinho" por criatividade, era só questão de tempo até que o swing, essa dança moderna de troca de casais, saísse das sombras e virasse febre nacional. O levantamento do aplicativo Ysos veio para provar que não é só na política que gostamos de troca: de norte a sul, do centro-oeste ao litoral, brasileiros estão descobrindo novos passos na coreografia da vida a dois.
É isso mesmo, amigo leitor. Enquanto você estava ocupado discutindo se o VAR acertou ou errou no último jogo, sua cidade pode ter se tornado um polo do swing. Não acredita? Pois é, do cerrado ao sertão, da Amazônia às praias do sudeste, há casais revendo conceitos e, literalmente, fazendo novos amigos.
Os números não mentem: 2 milhões de usuários cadastrados no aplicativo especializado, o Ysos, e um mapa que transforma Salvador, Belo Horizonte e até Marechal Deodoro em destinos swingers. Parece que a troca de casais deixou de ser um tabu para se tornar um estilo de vida. E não estamos falando de festas clandestinas. Estamos na era digital, onde tudo se organiza com um clique — ou um "match", como os mais modernos preferem dizer.
Agora, repare bem. Os dados mostram que o swing tem sua maior concentração na faixa etária de 25 a 34 anos, provando que, enquanto uns colecionam boletos, outros colecionam histórias de aventuras... consensuais. E não pense que é exclusividade da juventude. Acima dos 55, a galera também está experimentando novos ritmos, porque, afinal, nunca é tarde para aprender passos diferentes.
Mas a verdadeira lição desse mapa do swing é a pluralidade. Gente de todas as orientações, formas e idades, saindo do convencional e reinventando o significado do "até que a morte nos separe". A maior surpresa? Cidades pequenas como Manacapuru (AM) e Acrelândia (AC) sendo protagonistas. Pois é, quem diria que, na calmaria do interior, havia tanto movimento?
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