Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Rosildo Barcellos

OUTUBRO ROSA

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Rosildo Barcellos

É uma campanha anual e realizada mundialmente, com a intenção de alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A mobilização visa também à disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento de qualidade.

Durante este mês é interessante observar e debater este tema, para encorajar mulheres a realizarem seus exames. O conhecimento é fundamental para a prevenção, visto que nos estágios iniciais, a doença é assintomática.

Não posso deixar de dizer que o câncer de mama é um tumor maligno. Ele se desenvolve quando ocorre uma alteração de apenas alguns trechos das moléculas de DNA, causando uma multiplicação das células anormais que geram o cisto. Desta forma, diagnosticar o câncer precocemente, aumenta significantemente as chances de cura, 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade não evoluir prejudicialmente. Por isso, a mamografia é imprescindível, sendo o principal método para o rastreamento da doença, e o autoexame da mama  é o pontapé inicial para qualquer análise.

No ano passado 45% das mulheres que fizeram quimioterapia para tratar câncer de mama, receberam o diagnóstico em estágio avançado. O percentual significa 157 mil casos em estágios 3 e 4. Nas mesmas fases da doença, mais de 28 mil brasileiras fizeram radioterapia para o câncer de mama. Outra informação interessante é que mais de 60% das mulheres diagnosticadas começaram o tratamento após o prazo determinado na Lei 12.732/12, que é de até 60 dias a partir da confirmação do câncer. Os dados mostram que, em 2020, o tempo médio ficou em 174 dias entre a confirmação do diagnóstico e o início do primeiro tratamento. Ou seja, com os dados do DATASUS, as pessoas esperaram 114 dias a mais do que o previsto na lei para iniciar o tratamento e isso certamente prejudica o próprio desenrolar das ações de políticas públicas para o setor. Destarte, justamente por falar em políticas públicas este artigo foi feito para exaltar a atividade inequívoca de um homem que eu conheci há trinta anos atrás quando eu iniciava minha carreira de professor na ASE, Associação de ensino, que hoje não existe mais e o reencontrei quando em julho recebi ao seu lado o título de cidadão mirandense o que muito me honra. Ele é o  presidente da Casa de Apoio de Pacientes Com Câncer “Amigos do Chitão”, seu nome nem tanto conhecido justamente como fazem os gigantes de espírito: mostra suas obras e não seu nome. Seu cartão de visitas são as 1500 pessoas atendidas pela associação. Seu nome é Altmir Abdias Juvêncio de Almeida, E ele entre uma e outra foto me confidenciava: Enquanto há vida, há esperança. Todos estamos sujeitos a uma doença dessas, cruel. É um trabalho que Deus me orienta a realizar, e vou fazer até o último dia da minha vida”, afirmava.

A Associação conta ainda com uma casa de abrigo em Campo Grande, onde são recebidos pacientes do interior que estão em tratamento na Capital. Além disso, ainda oferece assessoria jurídica aos que têm de buscar na justiça seus direitos.A Associação desenvolve o trabalho há quase duas décadas, oferecendo também casa de apoio em Barretos (SP), onde vários pacientes de Mato Grosso do Sul precisam buscar tratamento por se tratar de centro de referência na área e, inclusive, quando não conseguem o atendimento adequado no Estado. Ao amigo Altmir e as pessoas que se curaram e ainda vão se curar do câncer, ofereço  esse artigo. 
*Articulista

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