Permeando a Capoeira no MS promove valorização da cultura e memória dos Mestres
Evento acontece em agosto e setembro, por 5 cidades de Mato Grosso do Sul.
Reconhecida como patrimônio cultural da humanidade, a capoeira é uma prática cultural profundamente enraizada na história e na identidade brasileira. Contudo, a preservação deste patrimônio nem sempre é garantida, especialmente no contexto atual de vulnerabilidade econômica e social acentuado pela pandemia. Permeando a Capoeira no Mato Grosso do Sul, do proponente Marcos Campelo, surge como uma resposta a essa necessidade urgente de salvaguardar e celebrar a capoeira, bem como apoiar os mestres que dedicam suas vidas a essa prática.
O projeto será realizado em duas frentes principais:
Registro da História e Memória:
Serão realizadas audiografias de mestres locais, capturando suas histórias de vida, práticas e contribuições para a capoeira. Esse registro combinará retratos fotográficos dos mestres em seus cotidianos com depoimentos orais, criando um valioso acervo histórico. Mestres como Mestre Sapela de Três Lagoas, Mestre Guerreiro de Dourados, Mestre Tapioca de Ponta Porã, Mestre Pernambuco de Corumbá e Mestre Pequeno de Campo Grande serão alguns dos protagonistas desse projeto.
Encontros Itinerantes:
A capoeira ganhará vida em quatro encontros itinerantes, cada um com três dias de duração, realizados nas cidades de Três Lagoas, Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Campo Grande. Cada encontro reunirá mestres locais e convidados de outras regiões, promovendo diálogos, oficinas e vivências. As atividades culminarão em uma roda de capoeira em locais públicos, como praças e parques, aproximando a prática do público em geral e fortalecendo os laços comunitários.
Cidades e Mestres Participantes:
- Três Lagoas: Mestre Sapela, presidente do grupo Regional Brasil.
- Dourados: Mestre Guerreiro, um dos mestres mais antigos do estado.
- Ponta Porã: Mestres Tapioca e Jaraguá do Grupo Camará Capoeira.
- Corumbá: Mestre Pernambuco do grupo Cordão de Ouro.
- Campo Grande: Mestre Pequeno do grupo Camuanga de Angola.
Rafael de Sá, um dos idealizadores do projeto, explica a motivação por trás da escolha do Mato Grosso do Sul: "Queremos expandir a capoeira angola no estado, pois há poucos grupos de capoeira angola aqui. Queremos levar essa vivência para os grupos de capoeira contemporânea e promover a união entre diferentes estilos de capoeira, enriquecendo a prática cultural em várias cidades."
Este projeto conta com financiamento do FIC (Fundo de Investimentos Culturais), da FMCS (Fundação Municipal de Cultura de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), do Governo de Mato Grosso do Sul.
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