Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Economia

Desemprego atinge menor patamar em 10 anos para o primeiro trimestre; taxa é de 7,9%

Índice registrou aumento de 0,5% em relação aos último três meses de 2023; rendimento médio do trabalhador cresceu.

Quantidade de pessoas procurando trabalho há dois anos ou mais caiu - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego no país atingiu 7,9% no primeiro trimestre de 2024, o menor patamar para o período desde 2014, quando o índice estava em 7,2%. Em relação aos últimos três meses de 2023, houve um aumento de 0,5%.

Os dados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a elevação em comparação ao trimestre anterior está ligada a um movimento sazonal do mercado de trabalho no início do ano.

De acordo com Adriana Beringuy, Coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, do primeiro trimestre de 2023 para o primeiro trimestre de 2024, o desemprego manteve uma tendência de queda. Há um ano, no primeiro trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%.

“Na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observada em outros trimestres, se manteve”, disse.

No primeiro trimestre de 2024, o rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 3.123, crescendo tanto em relação ao 4º trimestre de 2023 (R$ 3.077) quanto relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004).

A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi de R$ 308,3 bilhões, estável ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões) e maior do que no 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões). Todas as grandes regiões tiveram aumento da massa de rendimento em ambas as comparações.

Gráfico mostra evolução da taxa de desemprego no mercado de trabalho nacional / Reprodução/IBGE

No primeiro trimestre de 2024, todas as faixas de tempo de procura por trabalho mostraram reduções. Entre as pessoas que procuravam trabalho por dois anos ou mais, o contingente caiu 14,5% frente ao último trimestre de 2023, indo de 2,2 milhões para 1,9 milhões.

A pesquisa ainda aponta que as taxas de desocupação seguem maiores para mulheres, pessoas pretas e pardas e aquelas com o ensino médio incompleto. Todos esses grupos ficaram acima da média nacional (7,9%). No primeiro trimestre, essa taxa foi estimada em 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres.

Quando analisada a taxa de desocupação por cor ou raça, a dos que se declararam brancos (6,2%) aparece abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (9,7%) e a dos pardos (9,1%) ficaram acima.

Já na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto era de 13,9%. Para os que tinham superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

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