Presidente da Febraban diz que taxa de juros "precisa cair"
Na quarta-feira, o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75%. Presidente Lula e o ministro Haddad são críticos da taxa tão alta
Em participação no evento do Lide, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, "precisa cair". Na quarta-feira (1), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano.
"É muito caro tomar crédito. Os bancos não precisam de juros altos para ter lucros. Temos de ter uma agenda para baratear os custos", disse Sidney.
Mais à frente, ele classificou o crescimento do Brasil nos últimos anos como "medíocre". "As taxas de juros precisam cair, mas o crédito é muito tributado. Os bancos defendem ampliar a oferta de crédito".
A atual taxa de juros, a mais alta do planeta, é criticada pelo presidente Lula (PT) e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, porque esfria a economia brasileira.
À TV 247, Haddad chamou a situação brasileira de "anômala". "O Brasil está com taxa de inflação menor do que os Estados Unidos e a Europa, só que estamos com a maior taxa de juro real do planeta. Olha o paradoxo que estamos vivendo, uma situação completamente anômala, uma inflação comparativamente baixa e uma taxa de juro real fora de propósito para uma economia que já vem desacelerando".
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