Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Geral

‘Eles só queriam comer’: Israel mata 104 palestinos que tentavam receber alimentos

Vítimas da violência de Israel, palestinos em Gaza morrem por tiro, bomba e fome. Mais de 100 foram assassinados enquanto buscavam ajuda.

A fome também é parte da estratégia sionista neste massacre. Hoje (29), milhares tentavam receber comida fruto de ajuda humanitária. Israel aproveitou a multidão e abriu fogo - Reprodução.

Israel ataca a Faixa de Gaza e o direito internacional em diferentes frentes. De um lado, já deixa mais de 30 mil mortos, maioria mulheres e crianças. Mais de 75% do território palestino está em ruínas. As fazendas que costumavam alimentar o povo não existem mais. A fome também é parte da estratégia sionista neste massacre. Hoje (29), milhares tentavam receber comida fruto de ajuda humanitária. Israel aproveitou a multidão e abriu fogo. Pelo menos 104 mortos e mais de mil feridos.

Tudo isso filmado, aos olhos da comunidade internacional que pouco consegue fazer. Alguns, como o governo brasileiro, tentam engrossar a voz. Contudo, a blindagem dos Estados Unidos segue firme contra propostas de paz. Ao mesmo tempo, parte da imprensa comercial evita noticiar o óbvio. “Confusão em distribuição de comida em Gaza deixa mais de cem mortos”, noticiou o portal G1, do grupo Globo. “Confusão”, na verdade crua, significa o assassinato sistemático de milhares de civis; a destruição completa de um povo, uma cultura, em um processo conhecido pelos árabes como Nakba.

Israel e o ‘massacre da farinha’

Não há sinais de que o governo de Benjamin Netanyahu cessará o massacre. Ao contrário, a islamofobia e o racismo contra árabes está em um momento de especial fervor. No dia 10 de março começa o período do sagrado Ramadã. Durante o período, os muçulmanos dedicam tempo para rezas, jejum e caridade. Contudo, Israel já anunciou que vai impedir a prática religiosa em templos no território invadido pelos sionistas a partir de 1948, particularmente em Jerusalém.

Ainda sobre o assassinato dos famintos hoje, a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) chamou o ato de “massacre da farinha”. Documentação de “Israel” fuzilando civis. De acordo com chefe da enfermagem do hospital Al-Shifa: ‘Todos os ferimentos resultam de tiros e projéteis de artilharia; alegações de pisoteamento são inventadas’.

“Israel assume que fuzilou civis, mas alega que parte das mortes seriam por pisoteamento, no entanto, a única coisa que as imagens divulgadas pelo exército de “Israel” mostram é a situação calamitosa do uso deliberado e sistemático da fome como arma de guerra por “Israel”, com mortes diárias de crianças palestinas por desnutrição”, completa a entidade.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Pacheco cobra retratação de Lula por fala sobre Israel e leva invertida de Omar Aziz (vídeo)

Gaza: Médicos Sem Fronteiras condena ataque israelense que matou duas familiares de um profissional da organização

Brasil pede que Corte declare ilegal ocupação de Israel na Palestina

Árabes e Judeus pela Paz protestam em frente à Globo contra cobertura pró-Israel

Itamaraty repudia ataque de Israel à fila de comida em Gaza e inação internacional: ‘Velado incentivo’

Israel bloqueia ajuda humanitária brasileira que seria entregue a palestinos, confirma Planalto

Das 63 palestinas que Israel mata por dia em Gaza, 37 são mães, diz ONU

Depois de vetar três resoluções, EUA pedem na ONU trégua imediata dos ataques de Israel em Gaza