Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Geral

Livro discute enfrentamento da escravidão contemporânea sob a ótica de gênero e raça

“Escravidão, Gênero e Raça” e busca responder a questões fundamentais para entendimento e superação dessa chaga que marca a história e ainda se reproduz no Brasil contemporâneo.

O Ministério Público do Trabalho lançou, na sexta-feira (29), a obra “Escravidão na interseccionalidade de gênero e raça – um enfrentamento necessário”, que reúne 20 artigos elaborados por estudiosos do tema. Organizado pelas procuradoras Luísa Nunes de Castro Anabuki e Lys Sobral Cardoso, o livro é resultado das atividades do Grupo de Estudos (GE) “Escravidão, Gênero e Raça” e busca responder a questões fundamentais para entendimento e superação dessa chaga que marca a história e ainda se reproduz no Brasil contemporâneo.

O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, no prefácio do livro, anota que a questão abordada, “apesar de traduzir uma realidade social e econômica tortuosa, enfrentá-la é preciso, e as ações que se dedicam a tal missão merecem ser celebradas”. Ele destaca que a obra surge da firme convicção de que todo estudo deve partir do compromisso com a escuta qualificada daqueles que já pesquisam e se debruçam sobre o tema e que, com isso, podem contribuir de maneira decisiva com a atuação do MPT.

O lançamento da obra aconteceu na abertura do seminário "Escravidão, gênero e raça", realizado presencialmente na sede da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), e que também debateu a temática. Sob a coordenação de Lys Sobral, o evento contou na abertura com a participação do diretor-geral adjunto da escola, o suprocurador-geral do Trabalho Manoel Jorge e Silva Neto. Entre as expositoras do seminário estão integrantes do MPT e de instituções parceiras que atuam na erradicação do trabalho escravo. O seminário também teve transmissão pelo Youtube e pode ser visto aqui.

GE Escravidão

O Grupo de Estudos (GE) “Escravidão, Gênero e Raça”, que elaborou o livro, foi criado pelo colegiado da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete). Da composição do GE também participaram integrantes de outras duas Coordenadorias Temáticas Nacional do MPT, a Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade) e a Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Coordinfância).

Os participantes definiram que o trabalho deveria resultar em um produto republicano, democrático e socialmente relevante para ser entregue à sociedade. Para obtenção de tal resultado, concluiu-se que deveria ser produzida uma obra coletiva com chamamento público (Edital n.º 01/2021 do GE) para a apresentação de textos. Paralelamente, foi estabelecida uma Comissão Editorial para avaliação dos artigos.

Ao lado das coordenadoras da obra, Luísa Anabuki e Lys Sobral, o GE contou com a atuação de Ana Lúcia Stumpf Gonzalez, Cecília Amália Cunha Santos, Débora Tito Farias, Edelamare Barbosa Melo, Elisiane dos Santos, Gleyce Amarante Araújo Guimarães, Maria Manuella Britto Gedeon do Amaral, Silvana da Silva e Tathiane Menezes do Nascimento. Na avaliação do PGT, a união de forças é sempre o caminho para a mudança social e para a redução das desigualdades no nosso país, preceitos fundamentais contidos na Constituição de 1988, para o qual o Sistema de Justiça tem papel decisivo.

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