Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Meio Ambiente

Deputado defende uso de alimento desidratado para salvar animais no Pantanal

Primeiro secretário da ALEMS, Paulo Corrêa, pediu mesmo tipo de tecnologia usada em porções enviadas ao Rio Grande do Sul.

Foto: Luciana Nassar/Alems

A tragédia ambiental, que atinge o Pantanal e que já resultou em mais de 2 milhões de hectares queimados e danos drásticos à fauna e flora da região, tem preocupado os deputados estaduais e mobilizado interlocuções entre os Poderes, Organizações Não-Governamentais e grupos de voluntários. Nesta terça-feira (3), o 1º Secretário da Assembleia de Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Paulo Corrêa (PSDB), solicitou estudos, bem como o desenvolvimento de refeições desidratadas e nutritivas para animais silvestres em crise ambiental, vítimas dos incêndios e queimadas que afetam a região do Pantanal Sul-Mato-Grossense.

Segundo o parlamentar, o assunto foi tratado durante reunião com a presença do governador, Eduardo Riedel (PSDB), e da fundadora do Movimento União BR, Tatiana Monteiro de Barros, que também integra a força-tarefa em prol do Pantanal, em especial no atendimento aos ribeirinhos. "Foram enviados pacotes de refeições desidratadas, de cerca de 250g a 300g, que serviam até 18 porções, o que pode ser um importante reforço de nutrientes aos sobreviventes no Pantanal, que é o nosso Bioma mais importante e que precisamos tanto preservar", explicou.

Ainda de acordo com Paulo Corrêa, a alimentação também poderá ser ofertada aos animais afetados pela perda de pastagens de alimentos provenientes das matas queimadas. “Vimos cenas horríveis, como a da onça totalmente carbonizada, e não podemos medir esforços neste momento. Nossos animais estão sofrendo e nosso objetivo é que animais pequenos, médios e de grande porte possam sobreviver”, finalizou o parlamentar.

Confira, na íntegra aqui, a solicitação apresentada hoje pelo deputado.

Queimadas: Focos aumentaram mais de 22 vezes

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o número de focos no Pantanal soma 8.831 do início do ano até a última sexta-feira (30). Em 2023, no mesmo período (de 1º de janeiro a 30 de agosto), foram detectados 394 focos. O aumento é de 2.141% ou de 22,4 vezes.

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