Corpo de pantaneiro atacado por onça é encontrado em Aquidauana
Logo nas primeiras horas desta terça-feira as partes do corpo de Jorge foram encontradas pela polícia com a ajuda de familiares que também conheciam a região.

Foram localizadas logo nas primeiras horas de retomada das buscas desta terça-feira (22), partes do corpo do caseiro conhecido como “Seu Jorge”, de aproximadamente 62 anos, que estava desaparecido desde a madrugada da última segunda-feira (21). O homem teria sido vítima de um ataque de onça-pintada na região conhecida como Touro Morto, próximo à confluência dos rios Miranda e Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense.
As buscas, que contaram com o apoio de moradores, pescadores, equipes da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Civil, concentraram-se em uma área de mata fechada nas proximidades do rio, após o irmão e cunhado indicarem um possível local onde a onça poderia ter levado o corpo do idoso. Segundo relatos, a família, com base em conhecimentos da região e do comportamento da fauna local, apontou uma trilha usada por animais que margeia o rio, levando as equipes até o ponto onde os restos mortais foram encontrados.
De acordo com informações preliminares, apenas fragmentos corporais foram encontrados.
O ataque teria ocorrido por volta das 5h da manhã de segunda-feira. A principal hipótese é que ele estaria levando mel pela passarela que dá acesso ao rio quando "Seu Jorge" foi atacado pela onça. Segundo testemunhas, marcas no solo e objetos pessoais — como um celular e chinelos — indicam que o caseiro tentou fugir, correndo em direção ao tablado da casa, uma estrutura de madeira sobre o rio, onde provavelmente foi alcançado pela onça.
O caso, que inicialmente era tratado como desaparecimento, agora segue sendo investigado como ataque fatal por animal silvestre, o que reacende o debate sobre o convívio entre comunidades ribeirinhas e a fauna do Pantanal — especialmente em períodos de cheia, quando os animais se aproximam mais das áreas habitadas.
O local do ataque, é muito conhecido por atrair pescadores e turistas A Polícia Ambiental reforça o alerta para visitantes da região: é essencial respeitar os limites da natureza e manter atenção redobrada em áreas com presença de grandes predadores.
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