Projeto de lei beneficia a população LGBTQIA+ em programas habitacionais
PL foi apresentado à Mesa da Câmara dos Deputados pela deputada federal Camila Jara.
Para garantir que casais com união estável ou casamento homoafetivo tenham as mesmas condições que casais heterossexuais em inscrições de projetos governamentais de habitação, a deputada federal Camila Jara (PT-MS) apresentou o projeto de lei (PL) 2327/2023.
Além disso, o projeto também quer garantir a inscrição prioritária de pessoas travestis e transexuais nesses programas. "Essa medida se faz necessária para garantir a efetivação do direito à moradia das pessoas LGBTQIA+, que são frequentemente vítimas de discriminação e violência, muitas vezes até dentro da própria família, sendo expulsas de casa”, comentou a parlamentar.
Pessoas LGBTQIA+, e as transsexuais em especial, enfrentam discriminação e exclusão em muitas áreas, como emprego, serviços de saúde e redes de apoio social. Como resultado, muitas são forçadas a viver nas ruas ou em abrigos precários, além de aceitarem trabalhos sem condições dignas, o que impacta sobremaneira a qualidade e a expectativa de vida dessas pessoas. Hoje, a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de 35 anos e o Brasil é, pelo 14º ano consecutivo, o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo.
“Mais que uma casa, uma moradia, um lar, vamos garantir a proteção, a segurança e a vida dessas pessoas, tão invisibilizadas pelo preconceito da sociedade”, finalizou Camila Jara.
Déficit habitacional
O déficit habitacional é um dos principais problemas sociais do Brasil e afeta cerca de 5,8 milhões de famílias. Outras 9,5 milhões de pessoas vivem em áreas de risco e cerca de 281 mil pessoas estão em situação de rua.
Programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, relançado recentemente pelo Governo Federal, pretendem atender dois milhões de famílias até 2026.
Acompanhe a tramitação: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2359768
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