Corumbá, Sábado, 19 de Abril de 2025
Saúde

Ministério da Saúde recomenda colocação do DIU por enfermeiros no SUS

Saúde reprodutiva das pessoas com útero é uma pauta prioritária do governo federal.

O Ministério da Saúde divulgou nota técnica com informações sobre a ampliação da disponibilidade de dispositivo intrauterino (DIU) no Sistema Único de Saúde (SUS). O documento orienta a colocação e retirada desse método contraceptivo por enfermeiras e enfermeiros, além dos médicos, que já realizam o procedimento. O documento enfatiza a importância desses profissionais na estratégia de ampliação do acesso ao DIU. A saúde reprodutiva das pessoas com útero é uma pauta prioritária do governo federal.

Segundo a coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher, Mônica Iassanã, “a nova nota técnica viabiliza que estados e municípios possam fortalecer as ações para inserção e retirada do DIU, possibilitando que haja ampliação do acesso à contracepção reversível de longa duração, visto que os enfermeiros estão presentes nas Unidades Básicas de Saúde, maternidades e outros serviços que podem ser oportunos para o planejamento reprodutivo”.

O DIU é seguro, eficaz, tem duração de 10 anos e é ofertado gratuitamente na Atenção Primária à Saúde do SUS. As mudanças na oferta do dispositivo intrauterino também visam que o planejamento reprodutivo seja adequado às necessidades das pessoas em seus diferentes momentos de vida e que haja redução das gestações não planejadas, dos abortos inseguros e da morbimortalidade materna e infantil.

Juliana Wahl, consultora técnica da Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher, considera a publicação do documento um avanço. “Evidências científicas mostram que médicos e enfermeiros são profissionais que, quando capacitados, podem realizar de forma segura a inserção e retirada do DIU. Portanto, ampliar a perspectiva do número de profissionais a serem capacitados e também ampliar o acesso ao aconselhamento sobre todos os métodos contribuirá para a efetivação dos direitos reprodutivos das pessoas”, defende.

A Atenção Primária à Saúde tem como papel oferecer acesso a diversos métodos de contracepção, assim como informações e orientações, respeitando a autonomia e a individualidade das pessoas. Da mesma forma, a Atenção Especializada do SUS deve promover acesso, especialmente no que diz respeito à contracepção secundária após eventos obstétricos (pós-parto e pós-aborto). O treinamento dos profissionais da enfermagem tende a resultar em sucesso nas inserções do dispositivo intrauterino, além de reforçar o acesso a essa escolha contraceptiva.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Saúde lança campanha para incentivar produção de alimentos sustentáveis em substituição ao cultivo do tabaco

Mato Grosso do Sul cria 3.631 empregos com carteira assinada em abril

Mais Médicos bate recorde com mais de 34 mil profissionais inscritos

Vacinas bivalentes: 21,3 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 foram aplicadas no Brasil

Inep aplica até amanhã provas do Revalida

Mais acesso e autonomia: Governo fortalece distribuição gratuita de contraceptivos de longa duração em MS