Operadores de pesca esportiva do Pantanal propõem transporte zero de pescado ao PPA
Uma das propostas dos empresários é a proibição do transporte intermunicipal do pescado pelo pescador esportivo.

A ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo) apresentou várias propostas para o desenvolvimento e aprimoramento da atividade de pesca esportiva em Mato Grosso do Sul como sugestões ao Plano Plurianual (PPA) em elaboração pelo Governo do Estado, que iniciou a etapa de consultas junto à sociedade para definição das prioridades das políticas públicas e ações governamentais para o período 2024-2027.
Uma das propostas dos empresários associados à ACERT é a proibição do transporte intermunicipal do pescado pelo pescador esportivo. A grande maioria dos amantes da pesca esportiva que praticam esse esporte no Rio Paraguai, em Corumbá, já aderiu ao pesque e solte, incentivados pelos operadores dos barcos-hotéis. “O Estado estaria apenas criando uma lei para legitimar uma medida que já predomina no Pantanal”, afirma Luiz Martin, presidente da ACERT.
Outra proposta da entidade é a institui de um grupo de trabalho que envolva todos os atores públicos e privados para a construção de uma política estadual da pesca esportiva, que garanta tanto a preservação do meio ambiente quanto o desenvolvimento econômico e social dos municípios envolvidos nesta prática. Bem como, estimular a prática da pesca sustentável no Estado, por meio do pesque e solte, através de campanhas de publicidade.
Capacitação e crédito
Outra medida sugerida ao PPA é a instituição do Seguro Defeso (no período da Piracema) aos trabalhadores envolvidos diretamente no turismo de pesca esportiva. Também reivindica cursos de qualificação para os colaboradores do turismo de pesca esportiva, abordando temas como: qualidade no atendimento, condução turística, criação e desenvolvimento de passeios, melhoria da estrutura dos equipamentos, comunicação e apresentação dos passeios, segurança.
Estes cursos se estenderiam aos condutores de pesca esportiva (guias de pesca), na modalidade pesque e solte, abordando temas como: atendimento e hospitalidade, noções de meio ambiente e sustentabilidade, pesca esportiva pesque e solte, noções e técnicas para primeiros socorros, empreendedorismo e políticas públicas das três esferas. A capacitação proposta envolveria as crianças e jovens com oficinas de pesca infanto-juvenil com ênfase à educação ambiental.
Outras propostas apresentadas pela ACERT: 1. Adequar e divulgar linhas de créditos dos entes financiadores do turismo, com a promoção de encontros de negócios entre empreendedores e agentes financeiros para acesso a linhas de financiamento mais atrativas; 2. Apoio na obtenção da permissão/regulamentação para a prática da pesca esportiva (pesque e solte), na zona de amortecimento de parques e RPPNs no Pantanal; 3. Promover o desenvolvimento sustentável das populações ribeirinhas ao longo do rio Paraguai, com prioridade para o combate à pobreza e para a melhoria das condições de vida, com foco na capacitação para a inserção na atividade do turismo; 4. Apoio na reestruturação (física e readequação do uso) da orla portuária de Corumbá.
Veja Também
Antecipe sua reserva nos feriados e pratique o pesque-solte no Pantanal
Turismo, pesca esportiva e investimentos em infraestrutura são as prioridades da região do Pantanal
Pesca esportiva no Pantanal de Corumbá é vivenciar a vida pantaneira no curso do rio
Com dados abertos, plataforma inédita de inteligência turística de MS já está disponível
Sebrae e Embratur realizam workshop para impulsionar turismo no Pantanal
Barcos-hotéis de Corumbá também operam com reservas individuais
Pantanal é o bioma brasileiro que mais preserva espécies da fauna silvestre, mostra estudo do ICMBio
Desenvolvimento e Sustentabilidade: Riedel reúne segmentos para criar a 1ª Lei do Pantanal
Lei do Pantanal é aguardada com expectativa e será elaborada com participação social
Ícone da pesca esportiva, Nelson Nakamura retorna ao Pantanal e promove o pesque e solte
PLOA 2024 chega à ALEMS com estimativa de R$ 25,4 bi de receita
Defeso da Piracema começa dia 5 de novembro e último fim de semana de pesca exige cuidados